Um dos maiores nomes da botânica no Brasil nasceu e morreu na Serra do Mendanha, em Campo Grande, mas infelizmente seu nome é pouco conhecido no próprio bairro. Freire Alemão tem, em sua homenagem, apenas uma escola e uma agência da Caixa Econômica. O grande botânico tinha também, para lembrá-lo, uma placa e uma efígie, mas as duas peças de bronze foram roubadas em outubro de 2017 e até hoje não foram repostas pela prefeitura.
Freire Alemão nasceu em 1797, na Fazenda do Mendanha, pobre e recebendo a proteção do padre Antônio Couto da Fonseca, dono da fazenda e que sonhava que o menino também se tornasse padre. Mas Freire Alemão tinha outro destino, a ciência, e para isso, contando com a ajuda de outras pessoas, estudou Química e Medicina, tornando-se doutor em Medicina em Paris.
Ao longo do período do Império brasileiro, o menino pobre do Mendanha vai ganhando fama e prestígio, tornando-se um dos maiores botânicos brasileiros e médico do imperador D. Pedro II.
E fica a pergunta: será que um nome tão importante para a Botânica, não só de Campo Grande, mas do Brasil, não tem direito sequer à reposição de uma efígie e uma placa furtadas, já que nem a sua casa existe mais? Ou será que ele precisaria de uma estátua com óculos na praia de Copacabana para receber um pouco mais de atenção do Poder Público?