Reservatório Victor Konder

Inaugurado em outubro de 1928, o Reservatório Victor Konder foi erguido no Morro Luis Barata, com capacidade para 19 milhões de litros d´água, a fim de abastecer Campo Grande e bairros próximos. Victor Konder era ministro da Viação e Obras Públicas e estava presente na inauguração, assim como o presidente da República, Washington Luis, e o prefeito do Rio de Janeiro (então Distrito Federal), Antônio da Silva Prado Junior. O projeto do reservatório, de arquitetura neocolonial, foi realizado pelo engenheiro Edgard Raja Gabaglia, e a captação de água foi feita através da adutora instalada em afluentes do Rio da Prata do Cabuçu. O reservatório, que ficou inativo por muito tempo, voltou a funcionar em 2013, abastecendo parte do bairro de Campo Grande, mas com água recebida da Estação de Tratamento do Guandu.
Colegio Belisário dos Santos

O Colégio Belisário dos Santos foi uma das principais instituições de ensino da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Fundada na década de 40 e dirigida pelo professor Helton Veloso, o colégio ficava na antiga casa paroquial do padre Belisário dos Santos, vigário da Igreja de Nossa Senhora do Desterro e principal responsável pela reconstrução do templo após o incêndio que a destruiu em 1882. O padre morreu em 1891 e seus restos mortais estão sepultados dentro da igreja. O colégio encerrou suas atividades em 2012 e, infelizmente, dois anos depois, já vendido pela família, foi demolido para dar lugar a um estacionamento.
Corpo de Bombeiro

Fonte Ciborium

Fonte, em ferro fundido, do século XIX. O monumento tem a base feita em granito e a bacia em ferro fundido, com quatro figuras sustentando uma coroa. A fonte foi produzida pela firma escocesa Macfarlane´s, de Glasgow. É uma fonte de inspiração religiosa e faz alusão ao paramento batismal, com um dossel sustentado por colunas que reproduzem o altar-mor.
Efígie de Freire Alemão

Um dos maiores nomes da botânica no Brasil nasceu e morreu na Serra do Mendanha, em Campo Grande, mas infelizmente seu nome é pouco conhecido no próprio bairro. Freire Alemão tem, em sua homenagem, apenas uma escola e uma agência da Caixa Econômica. O grande botânico tinha também, para lembrá-lo, uma placa e uma efígie, mas as duas peças de bronze foram roubadas em outubro de 2017 e até hoje não foram repostas pela prefeitura. Freire Alemão nasceu em 1797, na Fazenda do Mendanha, pobre e recebendo a proteção do padre Antônio Couto da Fonseca, dono da fazenda e que sonhava que o menino também se tornasse padre. Mas Freire Alemão tinha outro destino, a ciência, e para isso, contando com a ajuda de outras pessoas, estudou Química e Medicina, tornando-se doutor em Medicina em Paris. Ao longo do período do Império brasileiro, o menino pobre do Mendanha vai ganhando fama e prestígio, tornando-se um dos maiores botânicos brasileiros e médico do imperador D. Pedro II. E fica a pergunta: será que um nome tão importante para a Botânica, não só de Campo Grande, mas do Brasil, não tem direito sequer à reposição de uma efígie e uma placa furtadas, já que nem a sua casa existe mais? Ou será que ele precisaria de uma estátua com óculos na praia de Copacabana para receber um pouco mais de atenção do Poder Público?
Loja Silbene

Com entrada tanto pela Rua Augusto Vasconcelos, quanto pela Rua Coronel Agostinho, a loja Silbene, fundada em 1960, marcou época em Campo Grande pela qualidade de seus produtos, limpeza da loja e o bom atendimento, tudo isso comandado por Jorge Elias até o seu fechamento, em 2012, para grande consternação da população do bairro. A Silbene sempre foi uma loja inovadora, buscando o que havia de mais atual em cada setor, como na papelaria, no audiovisual, na informática, na banca de jornais e revistas e na gastronomia. A loja tinha cerca de 200 funcionários quando fechou, na maioria mulheres, e não tinha filiais.
Primeira Igreja Batista de Campo Grande

A Primeira Igreja Batista de Campo Grande teve sua história iniciada em Santa Cruz, no ano de 1900, quando um grupo da Igreja Evangélica Baptista do Engenho de Dentro iniciou um ponto de pregação do evangelho. Durante dois anos, o trabalho foi coordenado pelo pastor Florentino Rodrigues da Silva, trabalho este sustentado pela Associação Batista Estrangeira. A partir de 1903, os trabalhos passaram a ser comandados pelo missionário norte-americano Arthur Beriah, o que levou á organização da igreja, em 18 de dezembro daquele ano. Em 1920, a igreja foi transferida para Campo Grande e, dois anos depois, a propriedade na Rua Ferreira Borges, onde a igreja está até hoje, foi comprada.
Lona Cultural Elza Osborne

A Lona Cultural Elza Osborne teve suas origens no Teatro Rural do Estudante, fundado em 14 de julho de 1952 e que reuniu nomes que se tornariam importantes na cultura do bairro e, em alguns casos, do próprio país, como Regina Pierini, Dineyar Valente Plaza, Francisco Nagem, Rogério Fróes e Herculano Leal Carneiro, entre muitos outros, como a própria Elza Pinho Osborne, que na época era chefe do Distrito de Obras de Campo Grande e apoiava muito o grupo. A Lona Cultural surgiu exatamente onde ficava o Teatro Rural, quando Ives Macena solicitou uma das lonas usadas na Conferência Mundial de Meio Ambiente ECO-92, que estavam no Aterro do Flamengo. O pedido foi aceito e, assim, a Lona Cultural de Campo Grande foi inaugurada em 1993, também conhecida como Teatro de Arena Elza Osborne. O espaço abriga também obras do escultor gaúcho Miguel Pastor, que fez muitos trabalhos entre os bairros de Campo Grande e Inhoaíba.
Teatro Arthur Azevedo

O teatro que homenageia o escritor maranhense, nascido em São Luís, no ano de 1855, e falecido no Rio de Janeiro, em 1908, foi inaugurado no dia 18 de agosto de 1956, com a presença do prefeito do Rio de Janeiro, Negrão de Lima. Na ocasião, a peça “A almanjarra”, de Arthur Azevedo, foi encenada pelo elenco do Teatro Rural do Estudante, dirigido por Herculano Leal Carneiro. Na década de 70, quando o teatro era dirigido pelo dramaturgo Odir Ramos da Costa, o Arthur Azevedo recebeu muitos artistas consagrados, que não conseguiam se apresentar em teatros do centro da cidade e da Zona Sul devido à censura imposta pelo regime militar. O Teatro Arthur Azevedo tem quase 300 lugares e é administrado pela Funarj (Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro).
Estação dos Bondes

Os bondes entraram na paisagem de Campo Grande a partir de 1896, dois anos após a formação da empresa montada para operar os veículos. Nestes primeiros anos, os bondes foram usados principalmente para o transporte de capim entre a estação de trem de Campo Grande e a localidade de Santa Clara, na Estrada do Monteiro. O transporte de passageiros só começou em 1908 e, em 1917, os bondes começaram a ser eletrificados, com a ampliação das linhas: Campo Grande-Pedra de Guaratiba, Campo Grande-Ilha de Guaratiba e Campo Grande-Rio da Prata. Os bondes faziam parte do Serviço de Transporte Rural (STR) e tinham a cor verde-escura. Eles duraram até 1967 e a Oficina de Manutenção dos Bondes, inaugurada na Estrada do Monteiro em 1917, permanece como testemunha histórica do transporte que fez parte de Campo Grande durante a maior parte do século XX. Lá funciona uma unidade da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana do Município do Rio de Janeiro). A maior parte dos trilhos dos bondes também ainda existe, coberta pelo asfalto.